segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"Diary of a confused mind" 2ª parte

Em certa ocasião, Chris foi repreendido pela diretora de seu colégio por estar com as unhas pintadas de preto. Ela julgava essa atitude de pintar as unhas como uma afronta ao modelo de alunos que o colégio gostaria de ter. Chris não queria afrontar as pessoas que frequentavam seu colégio, ele apenas se sentia bem em pintar as unhas de preto e não via nenhum problema em assim fazer.
Chris não sabia se gostava de garotos ou de garotas. Chris sabia que sua mente estava mais confusa do que antes. Se sentia atraído pelo Bruno, se sentia atraído pela Flávia. Se sentia.
Como tirar as dúvidas da mente de Chris? Como ajudá-lo?
Numa terça-feira de manhã, Chris saiu à padaria e encontrou um de seus amigos, Charles.
Charles não era muito diferente de Chris, possuia longos cabelos negros, uma pele branca, que em certas ocasiões lembrava a pele de um cadáver, roupas pretas e justas e uma discreta maquiagem nos olhos.

- O que aconteceu com você, Chris? Porque você está com essa expressão triste? - Perguntou Charles
- Minha cabeça anda confusa nos últimos dias. - Respondeu.
- Confusa porque? Aconteceu algo grave?
- Não sei o que quero da minha vida. Não sei se gosto de mulheres ou se gosto de homens. - Disse Chris.
- Cara, isso é complicado mesmo! O importante é que você não reprima seus sentimentos. Se for pra você gostar de homens, assim será. O mesmo se você gostar de mulheres. Isso é completamente normal.
- Charles, você já decidiu sobre a sua sexualidade? - Perguntou com um certo receio pela resposta.
- Já sim! - respondeu com segurança - Eu sou gay e me orgulho muito disso!

Qual seria a opção sexual de Chris? Será que ao descobrir isso ele ficará menos confuso?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

"Diary of a confused mind" 1ª parte

A lembrança da manifestação de preconceito não lhe saía da cabeça. Os deboches, as gozações e os insultos, por se diferente, assombravam a vida de Chris, que optou em não ser mais um dos estereótipos criados por um sociedade elitizada da cidade onde vivia.
As vestimentas negras, com um discreto roxo intercalado, os cabelos compridos, a pele tão branca como as nuvens de um céu ensolarado, coisa que ele evitava, os olhos castanhos e penetrantes, um sorriso bucólico e gestos, muitas vezes, inexpressivos.
Essa características incomuns que fizeram com que Chris fosse vítima de preconceito por parte de um grupo de amigos, com mulheres incluídas, que voltava de uma festa e o viram voltando para casa depois de um show de rock.
Vive com os pais, numa casa de dois andares. Em seu quarto haviam, colados nas paredes, vários pôsteres das bandas que admirava, um abajour de lava, e muitos objetos que remetiam à sua personalidade.
Chris era assim, um menino com um presente misterioso, mas que possuía um enorme coração.